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As crianças não namoram




Por Ana Rita Fernandes



No mês em que celebramos o amor as montras enchem-se de peluches e corações, os restaurantes ficam cheios e os adultos perguntam às crianças “já tens namoradinho”?

 

Perguntar a uma criança se tem namorado, mesmo que a “brincar” é validar um comportamento que deveria ser exclusivo de adolescentes ou adultos. Normalizar “beijinhos na boca” é ignorar que o corpo tem limites e que é preciso preservar a intimidade da criança.

Na adolescência há uma preocupação com o empoderamento dos jovens, face às relações de intimidade. Por outro lado, é desde a muda da fralda que a criança merece ser respeitada. (Consegue imaginar-se por algum motivo de saúde, necessitar de usar uma fralda e esta ser trocado publicamente?)

Nomear as partes do corpo corretamente, falar do que é íntimo e privado é actuar na prevenção.

 

Pequenos passos na primeira infância ajudam a criar bases seguras na adolescência.

 

Neste mês do amor, festejem os adultos. Ofereçam às crianças tempos de brincadeira livre, muitos abraços e respeito pela sua identidade e intimidade. 


E relembrem todos os esquecidos: “Crianças Não Namoram!”.



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