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“Se adormece a mamar, nunca vai dormir bem…” — será mesmo assim?

  • Foto do escritor: Filipa
    Filipa
  • 16 de mai.
  • 1 min de leitura



Por Olga Reis




Há uma ideia muito repetida de que os bebés que adormecem ao peito nunca aprenderão a dormir sozinhos. Que estão “mal habituados”, demasiado dependentes da mãe. E por isso, tantas mulheres sentem-se pressionadas a desmamar na esperança de noites mais longas e tranquilas.


Mas adormecer ao colo, ao peito, embalado pelo cheiro e pelo bater do coração da mãe… é das coisas mais naturais e seguras para um bebé. Não é um “mau hábito” — é vínculo, é apego, é amor em forma de presença.


Muitos acreditam que, ao desmamar, o bebé passará a dormir melhor. Que acordará menos, que fará períodos mais longos de sono. Mas a ciência mostra-nos que o desmame, por si só, não melhora o sono. Os despertares não acontecem apenas por fome ou pelo “mau hábito” da mama — acontecem porque o sono é muito dinâmico, porque o cérebro ainda é imaturo, porque há medos novos, angústias, dentes a nascer e um corpo físico a crescer, emoções difíceis… ufa!… e  porque é tão difícil ser-se pequenino.

Desmamar pode até trazer mais desafios: o bebé perde uma das suas principais formas de autorregulação e conforto. E isso pode significar mais choro, mais resistência ao adormecer, mais pedidos durante a noite.


O sono é um processo que se constrói com o tempo. Cada bebé tem o seu ritmo. As mudanças acontecem, sim — mas com segurança, com conexão, com escuta e com presença. Não é preciso cortar a mama para ensinar um bebé a dormir. É preciso estar, sentir, ajustar… e confiar.



 
 
 

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