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Tratado de paz com as birras

  • Foto do escritor: Filipa
    Filipa
  • 12 de set. de 2024
  • 1 min de leitura


Por Filipa Maló Franco





Precisamos de assinar um tratado de paz com as birras. 


Compreender que se por um lado fazem parte de do desenvolvimento normal e saudável por outro, constituem um sintoma quando são vividas de forma demasiado intensa, imprevisível e mais recorrente do que era esperado


Precisamos de assinar um tratado de paz com as birras, mas a guerra não é com os nossos filhos, é com a sociedade. Uma sociedade que exige em demasia, rotula de forma desproporcionada, espera o impossível e culpa o que é natural. Uma guerra connosco, que enquanto pais, educadores e profissionais de saúde, por vezes estamos muito mal informados acerca das emoções e que vivemos com medo de tudo o que não controlamos ou não percebemos. Uma guerra com as nossas inseguranças, com a culpa, com a pressão. 


Precisamos de assinar um tratado de paz com as birras e perguntarmo-nos numa primeira instância, sobre o porquê de mexerem tanto connosco. Sobre o porquê do choro da tristeza ser mais fácil de lidar do que o da raiva e frustração. Sobre o porquê de não darmos espaço e tempo às emoções de todos e porque é que frequentemente comparamos agressividade a violência. 


Precisamos de assinar um tratado de paz com as birras. Porque só assim é que perdemos o medo delas, e acolhemos, com confiança, os nossos bebes e crianças que as olham através dos nossos olhos. 





 
 
 

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